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segunda-feira, 20 de maio de 2013


Educação
17/5/2013 - 11h03

Professores em busca de sentido


por Helena Singer*
giz 300x137 Professores em busca de sentido
Foto: jefferyliu / Fotolia.com/ O Porvir
As coisas não andam bem para os professores. Só neste ano as manchetes relativas a esta categoria já ressaltaram a gigantesca proporção de adoecimentos entre os educadores, a falta de interessados na carreira, greves por melhores condições de trabalho e, nesta última semana, a violência sofrida por este profissional.
O tema da violência voltou agora devido a pesquisa “Violência nas Escolas: o Olhar dos Professores” lançada na última semana pela Apeoesp. O estudo entrevistou 1400 professores das escolas estaduais em 167 cidades de São Paulo. Os resultados, embora contundentes, não chegam a surpreender quem conhece o cotidiano escolar.
A maior parte dos professores (62%) leciona em escolas de periferia, que são consideradas mais violentas. Do total, 57% dos professores consideram que sua escola é violenta, mas entre os que lecionam na periferia, esta proporção sobre para 63%. O policiamento está menos presente no entorno das escolas periféricas e a escola da periferia tem mais ambientes degradados ou pichados. Embora não seja maioria, é bastante alta a proporção dos professores que lecionam em mais de um turno (41%) e, no geral, a média de alunos por sala de aula é de 38, bastante acima dos parâmetros recomendados.
Os professores associam violência, principalmente, com agressão verbal (62%), agressão física (43%) e falta de respeito (33%) e já vivenciaram situações deste tipo no seu cotidiano de trabalho: 72% presenciaram brigas de estudantes, 62% já foram xingados por estudantes, 35% foram ameaçados e a mesma proporção de professores teve algum bem pessoal danificado por estudantes. Os professores também confirmam que na maior parte das escolas aconteceram casos de vandalismo, furto e discriminação.
Não chega a ser maioria, mas boa parte dos professores já viram os estudantes sob efeitos de drogas (42%), bebida alcoólica (29%) e portando armas (18%). E quase um terço dos professores do estado de São Paulo já presenciou tráfico de drogas na escola.
Na opinião da quase totalidade dos professores (95%), os principais autores da violência nas escolas são os estudantes e também seriam estes as maiores vítimas para 83% dos professores. Já 44% dos professores veem a si próprios como as maiores vítimas.
A pesquisa mostra que a violência cresce consideravelmente à medida que crescem os estudantes, sendo que 24% dos professores homens e 29% das professoras do ensino fundamental 1 (com estudantes de até 10 anos de idade) sofreram algum tipo de violência, enquanto 65% dos professores e 45% das professoras do ensino médio relataram o mesmo tipo de ocorrência.
Apesar da percepção de violência ser generalizada nos ambientes escolares, quando perguntados sobre as causas da mesma, os professores a remetem para fora: 74% mencionam genericamente falta de educação, respeito e valores , 49% referem-se especificamente à falta de educação em casa, 47% mencionam a desestruturação familiar e na sequência vem drogas e pobreza. É somente a partir do sexto colocado que as questões internas à escola começam a aparecer e, ainda assim, remetendo às atitudes dos estudantes: desinteresse pelos estudos e conflitos entre os alunos.
Sendo estas as causas atribuídas à violência, as soluções apontadas pelos professores indicam uma perspectiva fragmentada e frágil: debates sobre violência, suporte pedagógico, investimento em cultura e lazer, policiamento ao redor da escola. Na visão de 67% dos professores, são agentes externos às escolas que podem resolver os seus problemas: em primeiro lugar os pais, seguidos do governo, da sociedade e da polícia. Dentre os 25% que mencionaram agentes da escola como os responsáveis pela solução do problema, a grande maioria citou a equipe gestora.
Em síntese, os professores da rede estadual de São Paulo consideram o ambiente em que vivem violento, já presenciaram e sofreram violência, responsabilizam os estudantes pela situação e atribuem a possibilidade de superação aos pais, à direção e ao governo. Ou seja, os professores se veem impotentes diante da situação. Não é à toa que adoecem.
O problema é que a forma escola, com seus corredores, sinais sonoros, carteiras, lousas, matérias, provas, notas, séries e livros didáticos, disseminou-se tão extensamente e há tantas décadas por nossas sociedades ocidentais, que não conseguimos mais questionar o seu modelo. No nosso imaginário coletivo sobre as escolas, estas seriam lugares de ensinar e aprender, onde pessoas vocacionadas para o trabalho com as novas gerações se dedicariam a transmitir-lhes o conhecimento acumulado da humanidade, algo que seria recebido com alegria e gratidão por crianças e jovens curiosos e interessados.
Se não é isso o que está acontecendo, então deve ter alguma coisa errada do lado de fora desta instituição tão perfeita atrapalhando – famílias desestruturadas, bairros violentos, epidemias de drogas, governos desonestos.
Que outra instituição que fosse considerada violenta por quase 60% de seus profissionais não teria sua forma questionada? Só há uma que continua existindo e sendo reforçada no imaginário coletivo apesar de seu contínuo fracasso – a prisão. E assim como acontece com o sistema penal, nada irá mudar enquanto o modelo institucional não for questionado, enquanto não enxergarmos a violência que é obrigar os jovens a ficarem sentados, enfileirados por várias horas por dia, ao longo de anos, ouvindo falar de assuntos sobre os quais não perguntaram e sendo continuamente avaliados e classificados a partir do que respondem em provas sobre conhecimentos fragmentados, descontextualizados e sem sentido.
A superação da situação de violência virá quando a escola conseguir se tornar um projeto coletivo, um projeto comum de estudantes, educadores e famílias interessados em produzir conhecimento, em se transformar mutuamente ao mesmo tempo em que transformam o lugar em que estão. Quando isso acontecer, os professores deixarão de estar isolados em suas salas de aula e se verão membros de uma equipe, com um projeto coletivo, em uma comunidade.
Nada mais contrário à doença e à violência do que os sentidos de projeto, coletividade, comunidade. Mas, para isso acontecer, toda a estrutura da rede de ensino – concursos, carreiras, gestão de recursos, avaliações – terá que se voltar para isso, para a constituição de equipes escolares vinculadas com as comunidades em que atuam, em instituições que têm autonomia para gerir seus projetos político pedagógicos a partir das necessidades e dos desejos daqueles que a compõem, em busca de um sentido comum.
Helena Singer é socióloga com pós-doutorado em Educação e diretora pedagógica da Associação Cidade Escola Aprendiz.
** Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.
(Portal Aprendiz) 

sábado, 18 de maio de 2013


SEXO ANALÓGICO (poema de Bani Szeremeta)

A geometria do seu corpo
perde-se no incalculável desejo
comprovado pelo resultado
da aritmética dos meus beijos.

Meu amor é uma ameaça
no tempo que ultrapassa
os gestos relativos ao seu corpo nu e subproduto da criação
de pecados jamais perdoados pelo ego do óbvio e o eco da razão.

Seus seios são uma dádiva,
dois monumentos expostos pelo movimento
característico da progressão imposta em nosso amor,
dando-me o privilégio de ser o único espectador e expectador...

A sua alma reflete em seu corpo lânguido
e no seu rosto com marés de leve suor...
Ela tem cor de sol!
Explicando-nos momentos de calor.

Seu sorriso me engana
na hora mais primordial
Onde você diz que me ama
após o suspiro final.

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Biólogos e engenheiros se unem para criar planta que brilha no escuro

por Redação CicloVivo
n46 300x214 Biólogos e engenheiros se unem para criar planta que brilha no escuro
O primeiro passo é identificar os genes de bactérias bioluminescentes e utilizar a sequência de DNA em outras plantas. Imagem: Reprodução
Um grupo de biólogos e engenheiros dos Estados Unidos está concentrado no desenvolvimento de uma planta que brilha no escuro através de biologia sintética. A novidade pode tornar-se um ponto de iluminação dentro de casa, o que reduziria o consumo de energia.
O Glowing Plant Project está disponível no site de financiamento coletivo Kickstarter. Há quase um mês para terminar a campanha de arrecadação, o projeto já conseguiu ultrapassar a meta estipulada de 65 mil dólares, chegando a mais de 300 mil até agora.
Isso mostra a credibilidade que o projeto alcançou. Muitas pessoas estão confiantes e na expectativa de que as plantas geneticamente modificadas possam ser comercializadas.
O primeiro passo é identificar os genes de bactérias bioluminescentes e utilizar a sequência de DNA em outras plantas, isso será feito através de um software. “Não temos a planta brilhante ainda. Nós desenhamos a sequência do DNA da planta nesse software e iremos imprimi-la em pequenas bactérias inteligentes chamadas ‘Agrobacterias’”, afirmou o gerente do projeto e mestre em Matemática, Antony Evans, a INFO Online.
No site do projeto, o grupo afirma que precisa de recursos financeiros exatamente para imprimir o DNA e completar o processo. O dinheiro arrecadado também poderá ser usado para a criação de rosas brilhantes.
Em troca, quem realizar doações a partir de 40 dólares receberá de 50 a cem sementes para cultivar uma planta brilhante em casa. A partir de 150 dólares, o apoiador ganha uma muda. Os cientistas adiantam que a entrega pode demorar de seis meses a um ano.
De acordo com Evans, ainda não se tem certeza da potência luminosa da planta, mas ele adianta que, provavelmente, não será tão intensa a ponto de iluminar uma sala inteira. Ainda assim, acredita que ela possa substituir luminárias decorativas. Para saber mais detalhes sobre o projeto e ajudar a financiá-lo, clique aqui.
* Com informações da Revista Galileu.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
(CicloVivo) 

quarta-feira, 15 de maio de 2013


4/5/2013 - 10h05

Projetos socioambientais ganham portal de financiamento coletivo


por Redação do Mercado Ético
n75 300x208 Projetos socioambientais ganham portal de financiamento coletivoComo bem afirma Ricardo Abramovay, professor titular da FEA e do IRI-USP, “aumentar a eficiência e reduzir a desigualdade no uso dos recursos: esses são os objetivos estratégicos de uma nova economia que tenha a ética no centro da tomada de decisões e que se apoie em um metabolismo social capaz de garantir a reprodução saudável das sociedades humanas”.
Foi baseado nessa premissa que Fernando Beltrame, consultor em sustentabilidade, idealizou um portal de financiamento coletivo focado exclusivamente em projetos socioambientais. Trata-se do Causa Coletiva (www.causacoletiva.com.br – endereço ainda não ativo), que será lançado hoje (14), às 19h, em um evento realizado no CEU (Centro de Educação Unificado) da favela Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
Beltrame diz que há uma grande oferta e, ao mesmo tempo, necessidade de se viabilizar projetos de cunho socioambientais no Brasil. Nesse sentido, o portal oferece um ambiente onde eles sejam divulgados e, ao mesmo tempo, possam captar recursos para viabilizar sua implementação. “Porém a relação entre o portal-projeto-financiador não será apenas transacional. O Causa Coletiva possibilitará a conexão entre esses atores, de modo que os projetos sejam fontes de inspiração para outros, que gerem conteúdo relevante de fácil acesso e entendimento, além de estimular uma participação ativa”, explica ele.
* Com informações do Causa Coletiva
** Publicado originalmente no site Mercado Ético.
(Mercado Ético) 

sábado, 11 de maio de 2013


Educação
10/5/2013 - 10h19

Documentário retrata autonomia na educação


por Vagner de Alencar, do Porvir
Experiências educativas nacionais estão buscando em elementos como autonomia, liberdade, afetividade, felicidade, artes, diversão e bons educadores o segredo para mudar o modelo tradicional de ensino no país. Com a proposta de ajudar professores, especialmente de escolas mais conservadoras, a pensarem em alternativas e novas maneiras de ensinar, três jovens decidiram pesquisar e registrar iniciativas educacionais que seguem essas ideias. O mapeamento deu origem ao documentário independente Quando Sinto Que Já Sei, que será lançado no segundo semestre deste ano. O filme conta com cerca de 50 entrevistas com crianças e jovens que estudam em escolas com modelos inovadores, e também com conversas entre pais, educadores, professores, diretores e especialistas de sete projetos educativos que estão apontando novos caminhos para a educação brasileira.
O documentário foi idealizado pelo estudante de engenharia Antonio Sagrado Lovato, 23, que, em 2012, ao lado de mais dois amigos, percorreu o Brasil captando diferentes experiências, como escolas democráticas, de educação integral, entre outras. Muitas delas, inclusive, já passaram aqui pelo Porvir, como o Projeto Âncora, em Cotia, as escolas Amorim Lima e Politeia, em São Paulo, e o Projeto Gente, no Rio de Janeiro. Além de especialistas entrevistados, como o educador e folclorista Tião Rocha, Rafael Parente, subsecretário de novas tecnologias educacionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, e Helena Singer, diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, instituição pioneira no desenvolvimento da educação integral.
educacao Documentário retrata autonomia na educação
Foto: udra11 / Fotolia

“Nossa intenção é promover e aquecer o debate em torno do atual momento da educação no Brasil, buscar e apresentar modelos, que se baseiam na participação e autonomia, para mostrar que existem experiências acontecendo, que podem ser replicadas”, afirma Lovato. Agora, com todas as entrevistas realizadas, seu próximo passo é arrecadar, até o dia 20 de maio, R$ 44 mil necessários para a pós-produção do filme. Para conseguir o recurso, o jovem iniciou uma campanha na plataforma de financiamento coletivo no Catarse. O valor inclui gastos com locação e aquisição de equipamentos, viagens da equipe para gravações, distribuição independente e a finalização do filme.
Como parte do pré-lançamento do documentário, Lovato também pretende realizar uma série de encontros, por meio de saraus e seções de filmes em escolas públicas, onde exibirá o Imagine a School… Summerhill (Imagine uma escola… em tradução livre). O documentário inglês, que leva o nome da escola criada nos Inglaterra há mais de 90 anos, retrata a instituição mais antiga do mundo a adotar o modelo de educação democrática. A proposta dos encontros é falar sobre experiências como essas ao redor do mundo e, especialmente, no Brasil.
Nos últimos cinco anos, Lovato vem se dedicando à pesquisa de modelos não-convencionais pelo mundo. Em 2011, depois que ganhar de uma bolsa de intercâmbio na Europa por conta de um trabalho ligado à gestão cultural, um de seus primeiros destinos foi a Escola da Ponte, em Portugal. Lá, viu de perto o trabalho da instituição que é referência mundial na educação democrática. “Fiquei encantando com tudo aquilo”, diz.
No entanto, antes disso, foi buscar inspirações também em terras brasileiras. Viajou para a cidade de Sacramento, em Minas Gerais, onde afirma ter sido instalada a primeira experiência educacional alternativa do país. A escola, datada de 1907, foi criada pelo educador e político Eurípedes Barsanulfo (1880-1918), figura desconhecida pela maioria das pessoas. “Pouca gente o conheceu, na verdade. O colégio foi muito inovador para a época. Não havia seriação e tinha até aulas de astronomia”, diz Lovato. “O [José] Pacheco disse que se tivesse sido europeu seria uma das principais referências no mundo”, afirma.
* Publicado originalmente no site O Porvir. 
(O Porvir) 

09/5/2013 - 10h12

Saiba como se engajar no dia “De Bike ao Trabalho”


por Redação CicloVivo
n44 300x186 Saiba como se engajar no dia De Bike ao Trabalho
A ação é uma boa oportunidade para promover a socialização entre as pessoas que usam ou pretendem adotar a bicicleta como meio de transporte para chegar ao trabalho. Foto: Reprodução/Facebook
Nesta sexta-feira (10), várias cidades brasileiras vão receber o dia “De Bike ao Trabalho”, iniciativa que promove a bicicleta como opção de transporte até as empresas. A campanha é realizada pelo Bike Anjo, organização de ciclistas que incentiva o modal sustentável nas grandes cidades.
A ação é uma boa oportunidade para promover a socialização entre as pessoas que usam ou pretendem adotar a bicicleta como meio de transporte para chegar ao local de trabalho. A campanha, que teve origem nos EUA nos anos 1950, integra pessoas, empresas e até mesmo cobra melhorias aos representantes políticos.
De acordo com os organizadores do dia De Bike ao Trabalho, as ações não deverão ser tomadas isoladamente. Seja na adesão pessoal, seja nas corporações ou, ainda, nas medidas adotadas pelos governantes, a meta é aumentar o número de viagens de bicicleta até o trabalho.
Apresente a iniciativa à sua empresa
Faça a sua empresa vestir a camisa do dia De Bike ao Trabalho. Apresente as propostas dos Bike Anjos para o seu chefe, lembrando que, em primeiro lugar, é preciso orientar a todos os funcionários sobre o uso das bicicletas.
Segundo os organizadores, os locais de trabalho que abraçarem a causa das bikes devem distribuir uma cartilha de dicas, realizar um seminário sobre trânsito no espaço urbano e promover um ponto de encontro para garantir a segurança das pessoas que forem trabalhar de bicicleta.
O evento pode gerar um importante legado para as empresas: a partir da experiência, poderão ser construídos estacionamentos permanentes para ciclistas e paraciclos nos locais de trabalho que participarem da iniciativa.
Faça Você Mesmo
Caso a sua empresa não faça parte oficialmente do dia De Bike ao Trabalho, reúna-se com os colegas e monte uma programação especial para a sexta-feira. Divulgue as informações da campanha, verifique as condições das bikes antes de sair de casa e organize grupos de pedal para que as pessoas façam o trajeto juntas, aumentando a segurança dos participantes. Além disso, vale combinar uma bicicletada ao final do expediente para levar às localidades mais próximas ao local em que moram os funcionários.
Espalhe a ação na cidade onde você vive
Para melhorar a qualidade do transporte sustentável nos centros urbanos, a população deve cobrar medidas mais efetivas dos governantes. Os organizadores da campanha produziram modelos de cartas de incentivo para convencer os representantes políticos, a fim de estabelecer o dia De Bike ao Trabalho no local em que você vive.
Com um grande número de pessoas envolvidas, é possível pedir o fechamento das vias públicas para a circulação das bikes, ou, ainda, sugerir a criação de um programa de educação no trânsito para motoristas e ciclistas.
* Publicado originalmente no site CicloVivo.
(CicloVivo) 

06/5/2013 - 11h08

Altos impostos e falta de incentivo do governo limitam veículos elétricos no Brasil


por Redação CicloVivo
n7 300x168 Altos impostos e falta de incentivo do governo limitam veículos elétricos no Brasil
O grande empecilho para que os carros elétricos sejam mais comuns nas ruas brasileiras é o alto preço. Foto: Chevrolet
Existem apenas 200 automóveis elétricos circulando pelas ruas brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), a frota permanece baixa em consequência da falta de apoio e incentivo governamental. Os carros desse tipo são comercializados com altos impostos, o que inviabiliza a sua popularização.
Apesar de serem bastante comuns no exterior, os veículos elétricos ainda não deslancharam no Brasil. A indústria nacional não fabrica aqui esses modelos e, quando eles chegam ao mercado, o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) chega a 25%. Para se ter noção de quão abusivos são essas taxas, o presidente da ABVE, Pietro Erber, explica que um modelo automotivo de luxo e de grande potência é comercializado no Brasil com IPI de 15%.
Para Erber, o grande empecilho para que os carros elétricos sejam mais comuns nas ruas brasileiras é o alto preço. Os modelos que seguem este padrão são vendidos, em média, a R$ 120 mil ou até R$ 130 mil. “A primeira coisa a ser feita é reduzir os impostos. Eu não vejo que no Brasil o governo dê grandes incentivos”, falou o presidente da ABVE, em declaração à Deutsche Welle. Existem apenas sete estados brasileiros que isentam os veículos elétricos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Outro fator decisivo para que a frota elétrica brasileira aumente é a estruturação das cidades para receber este tipo de veículos. No Brasil existe apenas um eletroposto de recarga rápida, que está localizado dentro da Universidade de São Paulo (USP).
Os veículos elétricos, que incluem outros modelos além dos carros, podem ser considerados importantes aliados na luta pela redução das emissões de gases de efeito estufa. Pesquisadores da Universidade do Rio de Janeiro garantem que os combustíveis fósseis são responsáveis pela emissão de 80% dos poluentes emitidos na atmosfera.
* Com informações da Deutsche Welle.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
(CicloVivo)