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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

INTERATIVIDADE NA EDUCAÇÃO

Resenha de Bani Szeremeta do artigo de Marco Silva: Sala de aula interativa: a educação presencial e a distância em sintonia com a era digital e com a cidadania.

            O conceito de interatividade é complexo e a princípio não pode ser entendido como uma definição de informática, mas sim de comunicação (SILVA, 2003). Ou seja, na educação a interatividade visa desmitificar a construção do conhecimento baseado na figura do “professor repassador de conteúdos restritos”, onde seus alunos são apenas meros espectadores e receptores destas informações estáticas, que não são passíveis de reformulações de conteúdo e de estímulos ao pensamento indutivo e/ou dedutivo pelo educando.
Assim, na comunicação interativa os discentes devem ter condições de também serem atuantes no processo da educação, deixando seu estado passivo para também serem agentes críticos, manipuladores, modificadores e criadores de novas informações (SILVA, 2003). No entanto, o que se deparamos atualmente, seja no ensino presencial ou à distância, são as figuras dos professores detentores da ciência e dos alunos que não tem a postura e cultura para agirem como atores na constituição do conhecimento baseado na interatividade, independente dos níveis de ensino.
Por isso, a necessidade de termos uma visão holística e sistêmica em relação ao conceito “interatividade”, já que sua aplicação efetiva na sociedade depende do equilíbrio de vários fatores que devem estar intrinsecamente relacionados. Entre eles: o direito de uma educação básica e acesso a cultura para todos os cidadãos; a maior valorização do profissional professor; e uma avaliação e fiscalização eficiente na busca de abolir as instituições que fazem do ensino apenas uma forma de ganhar dinheiro. E infelizmente, principalmente no Brasil, estas condições na verdade básicas para qualquer indivíduo são insatisfatórias. O que não é uma visão pessimista, mas sim uma realidade que certamente dificulta a consolidação de uma sala de aula verdadeiramente interativa. Afinal, o aluno e o professor só poderão produzir a comunicação e aprendizagem, de forma conjunta, se tiverem condições para isso, ao contrário, o primeiro continuará naturalmente a responder “sim” ou “não”, e o segundo resguardará o direito de apenas emitir informações.
Entretanto, a era digital chegou para ser uma grande aliada para a formulação de um ambiente interativo de aprendizagem, pois apresenta avançadas tecnologias de informação e comunicação, que como a internet permite aos usuários ter mais autonomia na seleção de informações e na participação de discussões e opiniões em relação a determinados conteúdos.  
Assim, pode-se afirmar que a educação à distância através da web é hoje necessária a todas as áreas de conhecimento, já que possibilita muitas vertentes de aprendizagem que incitam à interatividade. Porém, não se deve esquecer que para isso é importante minimizar, através de políticas eficientes, as questões que levam e exclusão sócio-cultural e, conseqüentemente, a exclusão digital, para ser possível de utilizar esta tecnologia de forma apropriada aos objetivos da aprendizagem interativa.
Então, na busca pela interatividade da comunicação e informação, o professor obviamente deverá possuir sempre mais conhecimento que seus alunos, porém, deixará de ser apenas um ditador, e será um exímio orientador e estimulador na busca de uma aprendizagem colaborativa na relação alunos e professor. No entanto, neste contexto, só será e continuará a ser professor aqueles que se adaptarem as novas tecnologias e entenderem que estas são indispensáveis para uma pedagogia comparada nos princípios do “parangolé”. (SILVA, 2003).
Mas, é importante ressaltar que a tecnologia não deve ser entendida como a base para a comunicação interativa, mas sim como um recurso complementar imprescindível. Pois, é preciso também que o docente mude de atitude e seja capacitado para poder buscar formular novos modelos de educação. Deste modo, os referidos modelos deverão servir para estimular os pensamentos indutivos e dedutivos de seus alunos, que por conseqüência, apresentarão as qualidades necessárias para também serem cooperadores e co-criadores (SILVA, 2003).             
            
REFERÊNCIA

SILVA, M. Sala de aula interativa: a educação presencial e a distância em sintonia com a era digital e com a cidadania. 2003. Disponível em: <http://www.senac.br/informativo/BTS/272/boltec272e.htm> Acesso em: 11 de set. 2009.

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